quarta-feira, 5 de março de 2008

Pearl Jam: O DVD "Immagine In Cornice"

Immagine in Cornice. Este é um DVD que retracta a estadia dos Pearl Jam por terras italianas na sua última digressão. Tal como em Portugal, também a banda se sente especialmente bem em Itália. Aliás, é esta a razão da produção de tal DVD. Tal como diz a certa altura Jeff Ament: “Em Itália tivemos dos melhores e mais… estranhos concertos que alguma vez fizemos”.

O DVD é bastante bonito em termos de imagem. Retracta um ambiente fantástico, dos locais às luzes dos palcos. As sensações vividas em palco e na audiência são transmitidas fielmente e quase que parece que estamos nós próprios nos vários concertos.

Nos locais de filmagem contam-se locais como Turim, Milão, Pistoia, Bolonha ou Verona. Locais europeus, italianos, com imensa história visível em construções romanas ou em edifícios renascentistas, por exemplo. Não é por acaso que vos estou a falar deste aspecto. Uma das particularidades deste DVD é o envolvimento dos elementos da banda na rua, ao pé das pessoas, falando a sua língua nos concertos, tentando conhecer a sua história.

O filme é também um documentário sobre a banda, os seus rituais antes e durante os espectáculos. Vê-se por exemplo Eddie Vedder a pedir auxilio a uma intérprete italiana para falar em palco, Mike McReady a assinar autógrafos e a conversar na rua, Eddie Vedder e Boom Gasper, o organista da banda, a visitarem uma igreja de Pistoia.

O alinhamento musical do filme é diverso, temos grandes clássicos como Porch, Alive e Even Flow e temos músicas mais recentes como Life Wasted, Comatose ou Come Back.

Este é um bom disco, um bom conjunto de espectáculos ao vivo que apanha a música, as pessoas, a audiência, os locais, as cores, os sons.

Aqui fica um momento belissimo na minha opinião. No fim têm ligação directa, pelo YouTube, a outros excertos do DVD:


quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Cat Power - Descobri uma Caixa de Canções

Aqui há dias despertou a minha curiosidade uma capa de um álbum que eu de repente associei aos quadros do conhecido artista americano Andy Warhol. Não sei se existe a relação mas eu gostei da capa. Não conheço bem o artista contemporâneo mas gosto de construções com cores e simples.

Cat Power. Também achei curioso este nome e talvez não associasse ao tipo de música que encontrei. A artista, que se chama Chan Marshall, é uma escritora de canções que, vim a aperceber-me, já tem alguns álbuns publicados. Estou agora a conhecer mais a sua discografia.

Jukebox, o álbum de que trata este artigo, é um conjunto muito porreiro de músicas para se ouvir. Aliás, mais do que porreiro. A sonoridade é blues, rock, indie rock. A voz é bastante limpa mas forte o suficiente para transmitir bastante carga emocional à sua música. Embora original, a voz talvez faça lembrar a de cantoras como Fionna Apple e já agora P.J. Harvey. O álbum tem por exemplo uma versão de "New Yor, New York", de Frank Sinatra e outras de outros autores conhecidos, pelo que li, mas que eu não consegui identificar.

O piano, a guitarra e a voz dão a este álbum um sentimento de blues, o qual sabe muito bem experenciar com frequência. ;)

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Tardes Solarengas - Melo D

Imaginem-se numa tarde solarenga na praia. O cenário é um lençol imenso de azul e verde. Estão também, possivelmente, a beber um sumarento sumo de melão. O vento que vos acaricia a face ajuda-vos a fechar os olhos e a pensarem numa melodia. Sim, em música que acompanhe tal momento tão tranquilo e inspirador.

O cantor de que vos vou falar tem um nome que não poderia ser mais apropriado para um momento assim, um momento de melodia, é ele Melo D (já agora, para quem não nunca tinha ouvido falar deste artista, o seu nome lê-se em inglês, fazendo assim um jogo interessante com o termo, também ele inglês, "melody").

Há cerca de um mês comprei um álbum durante um dos meus passeios ocasionais pela FNAC. Já à saída, lembrei-me de ir investigar na secção de música portuguesa um artista no qual já andava desejoso de apontar os meus ouvidos. Conhecia-o de outras bandas portuguesas, como é o caso dos Cool Hipnoise e de participações em álbuns portugueses de Hip-Hop. Como por exemplo um álbum do qual já falei neste blog, os Mundo Complexo. Aí, Melo D participa na música “Pequenos Pormenores”.

Melo tem uma voz fantástica. Para mim sempre foi delicioso ouvi-lo porque tem um tom muito groovy, tranquilo e cool. Se gostarem dos adjectivos é realmente algo a confirmar.

Em relação ao álbum propriamente dito, que adquiri, este é composto por 9 temas, No entanto cada tema está enriquecido com partes musicais, ora tocadas pela Good Vibes Band, ora rapada por alguns MC’s portugueses. O disco é uma brisa de positividade e de boas vibrações, tudo muito cool e muito bem declamado. Estão lá o reaggae, a flauta, o jazz, tudo numa boa onda de jam session.

Ah, o álbum chama-se “Chega de Saudade” e sabe tão bem ouvi-lo…

P.S. Aqui podem ouvi-lo em dois bons exemplos: http://www.emusic.com/label/Enchufada-The-Orchard-MP3-Download/132768.html

sábado, 2 de fevereiro de 2008

Comets on Fire - Desejo de Criar

“(…)It was an earthy sound, the rhythm of the heart and life, of love, death, sex and passion—just rock ‘n’ roll shit, ya know? Just letting the music—and the desire to create, and the event of creation—be naked.(…) - Membro dos Comets on Fire numa entrevista, respondendo à relação da banda com as influências do rock psicadélico dos anos 60-inicio dos 70.

Vi esta entrevista na Internet sobre os Comets on Fire há cerca de 2 semanas. Entre outras respostas interessantes retive esta definição acerca da música que esta banda faz. Depois de tentar passar para palavras as sensações vividas ao ouvi-los não encontrei melhor.

Descobri esta banda ao procurar sonoridades que tivessem algo a ver com uma das minhas bandas preferidas, Jon Spencer Blues Explosion, e encontrei-os. Têm intensidade, criatividade e rock como os Blues Explosion. Os Comets são no entanto caracterizados por uma maior profundidade e talvez incerteza nas temáticas (não necessariamente nas letras mas nas sensações despertadas) e nos sons produzidos traduzida também no tamanho das suas músicas que têm em grande parte para cima de 6 minutos.

A primeira vez que os ouvi senti que eles tinham qualquer coisa de especial. E porquê? Pela simples razão de as músicas serem bastante orgânicas e crescerem à medida que chegam ao seu final. Reportando mais uma vez à entrevista aqui mencionada, as músicas dos Comets são seres vivos que crescem, são vulcões que se activam, são sentimentos que se desenvolvem.

Tanto podemos encontrar caos e impetuosidade como harmonia e melodia. Os álbuns que ouvi, Blue Cathedral de 2004 e Avatar de 2006, são diversos neste sentido e uma das coisas que mais me agrada é que ao ouvi-los sinto que a música não está necessariamente prevista (mas claro que está), e o que vou ouvir a seguir depende unicamente de para onde a força criativa e imprevisível a levar.

Para quem gosta de influências anteriores, nomeadamente rock mais antigo e psicadélico, poderá encontrar certas ligações a nomes conhecidos como os Pink Floyd, Doors ou até Jimmy Hendrix. É uma questão de confirmarem e de me darem a vossa opinião acerca deste grupo de americanos de San Francisco e Oakland.

Actualmente podem ouvir 3 músicas completas neste link: http://www.myspace.com/cometsonfirerockinblues , mas onde têm a oportunidade de passar os ouvidos por toda a discografia, embora ouvindo somente excertos das músicas é aqui: http://www.lastfm.com.br/music/Comets+on+Fire Por fim, podem também ver no You Tube algumas actuações ao vivo.

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Tempo dos Ciganos: Dançar e Rir com Boa Música

No passado Sábado assisti a um concerto que tinha muita curiosidade em ver. Falo de Emir Kusturica e a sua The No Smoking Orchestra.

Conheci-os em primeiro lugar a partir do cinema, nomeadamente num filme que penso ser do circuito alternativo mas que se tornou uma peça de arte bem conhecida: Gato Branco, Gato Preto. O filme é fantástico, um quadro em que se desenrolam as peripécias e aventuras de uma família (ou melhor, comunidade) de ciganos. A comédia é delirante, o ritmo frenético e as personagens do filme, tresloucadas, porcas e muito, muito apaixonantes! O enredo passa-se no leste europeu, possivelmente na região dos Balcãs.

Para acompanhar este prato tão salgado, picante e diverso, nada melhor do que uma banda sonora que acompanhe tão gostosa refeição.

É o que fazem Emir Kusturika e restantes capangas. Tocam uma música empolgante, hiperactiva e com um ritmo que só dá para saltar e dançar.

Na expectativa de viver estas emoções, fui, com os meus amigos, ao Coliseu dos Recreios em Lisboa assistir ao espectáculo. Não conhecendo a discografia da banda mas alguns dos seu êxitos, o concerto levou-me durante cerca de 2 horas à alegria, à dança e até houve lugar à admiração de algumas habilidades em palco, como foi o caso de se tocar guitarra e violino num arco (penso se chamar assim) do tamanho de uma cana de pesca…

Resumindo, valeu a pena ir, pela música e pelas pessoas que me acompanharam. :)

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

HIP-HOP: Mundo Complexo e Ace

O Hip-Hop foi um género músical que chegou relativamente tarde à minha vida. Isto é, nos tempos da minha adolescência, quando a música me acompanhava nas minhas crises exestênciais, não era o Hip-Hop que eu ouvia.

No entanto, com o amadurecimento e a abertura de horizontes que também proporcionamos a nós próprios, conheci outros géneros e com eles o Hip-Hop ou Rap.

Bem, depois desta pequena introdução, gostava hoje de falar de duas aquisições que fiz recentemente. Os Mundo Complexo com "Estamos Juntos", dos qual fazem parte o DJ Kwan, MC Ridículo, MC Tony Moca e MC Tranquilo. A outra compra é ACE, MC dos Mind da Gap que produz e interpreta o projecto a solo "Intensamente".

Em relação aos Mundo Complexo, o que me chamou a atenção foi um videoclip que vi no programa da SIC Radical "Beat Box". O video em questão pertence à música "Pequenos Promenores" e é bonito de se ver, muito original. O tema da música é um elogio à beleza e simplicidade do mundo natural à nossa volta. Com a participação da belissima voz de Melo D, a música é um raio de Sol para ouvir durante todo o dia. Se quiserem, oiçam a letra e a batida aqui, assim como as imagens do video: http://www.youtube.com/watch?v=WkaC_1DWkbY

O álbum é bastante ritmico, com batidas e sonoridades dançáveis. A mensagem é bastante criativa, defensora dos direitos humanos e ambientais e enaltecedora do amor e da amizade.

Quanto, a ACE, desde já digo que sou um apreciador da voz e forma de rapar dos 3 Mind da Gap's. Têm groove e atitude. Também gosto dos pós sonoros com que abrilhantam as suas músicas. São batidas com côr, ritmo e mais uma vez, atitude.

Descobri também este álbum a solo com um videoclip. Neste caso não me lembro onde o vi primeiro. Mas é um clip muito cool, com uma impressionante harmonia entre cores e imagens. A música chama-se "Côr de Laranja" e é uma declaração de intenções de amor em relação a uma mulher. Podem curti-la aqui: http://www.youtube.com/watch?v=S-ntNAKOtyQ
Quanto ao álbum ele é dividido entre batidas e letras que comportam auto-confiança, auto-estima e outras temáticas mais escuras e dolorosas. Gosto particularmente de 1 ou 2 fixas que são exclusivamente sonoras e que na minha opinião, têm muito bom gosto.

E está feito, a minha primeira incursão aqui sobre Hip-Hop. :)

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Música Para os Meus Sentidos

Há algum tempo que cheguei a esta conclusão para mim próprio: "Se na vida vivemos emoções tão diversas e se a música é um reflexo das sensações vividas, porquê dedicarmo-nos e ouvirmos só um estilo de música?"

Para mim a música é vida. Não consigo imaginar os meus dias sem um som, uma melodia que me acompanhe. Nem que seja um cantarolar com não mais de 2, 3 notas.

O som atinje-nos o sistema sensorial (os ouvidos), que por sua vez emite mensagens ao cérebro. Este devolve a mensagem sob a forma de emoções e sensações para as nossas vísceras. Quem é que, esteja contente ou deprimido, não sente um peito cheio ou uma barriga que receosa? De um fisico entusiasmado ou abatido para um estado de espirito ou de alma é apenas um passo.

Eu tenho um estilo de música preferido, o rock, sob a forma de música comercial ou alternativa. Mas da mesma forma de que gosto de alternar a minha alimentação e regalar-me com uma massa, uma carne ou simplesmente uma salada, também gosto de alimentar os meus sentidos com rock, funk ou hip-hop.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Hiperactividade e Rock and Roll! - Jon Spencer Blues Explosion

Quero falar hoje sobre uma banda que passou a ser há cerca de 5 anos uma das minhas fontes preferidas de audição. Tenho vários estilos musicais de que gosto, entre os quais o óbvio Rock and Roll. A banda chama-se John Spencer Blues Explosion a a referência aos blues não é casual. Quando ouvir vai imediatamente dizer que a sonoridade não é blues no sentido clássico da palavra mas também vai ligar uma série de aspectos ao estilo e atitude irreverentes, improvisador, melodramático. Os extras residem no toque funky e teatral da voz de Jon Spencer (que muitas vezes está em concerto numa qualquer canção de estúdio).

O que me fascina muito também nesta banda é a multi-sonoridade, os ritmos empolgantes, os caminhos incertos, quase sempre sem amarras a algum elemento. Tanto podemos ter uma sensação de melodia, como em Magical Colours, ACME-1998 (http://www.youtube.com/watch?v=ZhJzM9P_KQ4&feature=related), puro rock and roll em Sweet and Sour, Plastic Fang-2002 (http://www.youtube.com/watch?v=n66ODQPllWE&feature=related), ou improviso e jam em Flavor, Orange-1992. Aqui podemos ver a versão com a participação de Beck (http://www.youtube.com/watch?v=90iaLaPMa9g&feature=related).

São inúmeros os exemplos que poderia dar. Existem bastantes acreditem. Se ouvirem e virem os links anteriores e gostarem vão de certeza explorar e tentar arranjar mais música de Jon Spencer e dos Blues Explosion. Já agora, deêm também uma olhadela a um novo projecto de Jon Spencer, os Heavy Trash. Aqui temos um rock and roll inspirado nos mais antigos. O sentimento blues continua, aliado aos elementos dos Blues Explosion mas desta vez menos estridente e experimentalista. Já agora confirmem: (http://www.youtube.com/watch?v=JedkD2XekmE).

domingo, 16 de dezembro de 2007

Eddie Vedder - "Into The Wild" 2007

Há já a algumas semana saiu o álbum a solo de Eddie Vedder. Tomei conhecimento deste facto quando, por entre um zapping na TV, me deparei com o clip de Hard Sun, uma música de grande ambiente e que tem um videoclip com imagens do filme Into The Wild. Juntos, as imagens e a música, fazem um par fabuloso. Acreditem.

Fiquei em pulgas para comprar este álbum. Assim como continuo em pulgas para ver o filme, que ainda não estreou e pior ainda, não tem data prevista de estreia em Portugal.

Para falar sobre o álbum é também necessário contextualizar um pouco o filme. A história é baseada em factos veridicos e passou-se nos Estados Unidos. É o relato na primeira pessoa de um jovem americano (Cristopher McCandless) que, acabada a faculdade com mérito e perspectivas, resolve rumar ao Alaska. Gostava de ver o filme primeiro, mas pelo trailer, (podem-no ver em: http://www.youtube.com/watch?v=UDorNilxPUY&feature=related) e pelo que percebi, para viver... into the wild, uma tentativa de encontrar o seu fundo através do retorno ao mais belo e primitivo que existe à face na Terra.

O disco de Eddie Vedder é a banda sonora do filme. O cantor e compositor canta e toca 11 músicas que se baseiam no formato acústico, a voz, a guitarra, o orgão e o ukelele (cavaquinho havaiano; penso que é assim que se escreve). O som produzido transmite a imagem de alguém sozinho, livre numa paisagem sem fim, a perder-se, a achar-se. Enfim, espero ver o filme muito em breve...

O álbum tem 4 músicas iniciais que surgem como uma preparação de viagem (setting forth), a energia, a invocação do melhor de si (Rise). Temos as noites de nostalgia e de firmeza (Long Nights), o misticismo (The Wolf), o desgosto e apelo à sociedade (Society, música de Jerry Hannan), e a pureza (Guaranteed). Existem ainda mais músicas que estas, oiçam e descubram por vocês mesmos.

É uma álbum simples, mas como se costumam dizer, as coisas simples por vezes são bonitas e têm muito siginificado.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

"The Piper at the Gates of Dawn" - 1967

Primeiro album dos Pink Floyd realizado em 1967 que teve como principal autor Syd Barret. Formação britânica no início composta por Syd Barret (líder) , Roger Waters, Richard wright e Nick Mason.
O álbum foi um sucesso imediato, pois os Floyd já eram sobejamente conhecidos pelos seus inúmeros concertos underground. Para quem esteja a iniciar a viagem ao mundo Floydiano não será por aqui que deve começar, pois o som revela alguma dureza para ouvidos habituados a melodias fáceis e músicas de construção simples. Cada faixa revela surpresas e muitos pontos de interesse, como por exemplo as letras, as partes instrumentais, os sons de fundo inesperados, os solos. A primeira faixa é um dos ícones do rock psicadélico "Astrnomy domine", que tem um início característico dos Floyd com vozes que fazem lembrar um qualquer posto de comando de uma missão espacial, estilo presente em toda a carreira. A faixa 7 "interstellar overdrive" é psicadelismo puro, música ideal para os devaneios do LSD que na altura era considerada a droga da moda. O que me fascina neste album é o estilo simples e despreocupado das canções de Barret, mas carregadas de segundas intenções como é o exemplo de "Bike" ou "Lucifer Sam". Para descobrir a faixa 5 "Pow R. Toc H." que revela muita das intenções e potencialidades dos Floyds. No passado mês de Agosto passaram 40 anos sobre a data de edição do álbum de estreia dos Pink Floyd . Esta data foi marcada por uma edição especial limitada apresentada numa embalagem de luxo desenhada por Storm Thorgerson, colaborador de há muitos anos dos Floyd, que junta numa caixa de cartão três CD?s e um livrete de 8 páginas que é uma reprodução de um dos livros de notas de Syd Barrett. Totalmente remasterizada esta edição limitada apresenta nos discos 1 e 2 o alinhamento original do álbum nas versões estéreo e mono. O CD3 contem exclusivamente bónus tracks; todos os singles desde 1967 (Arnold Layne, See Emily Play, Apples And Oranges, Candy And A Current Bun, Paintbox), um excluvivo edit? de Interstellar Overdrive, até agora apenas disponibilizado num EP editado em França e uma versão estéreo de Apples And Oranges até agora nunca oficialmente editada.

Ten - 1991

Foi já em meados dos anos 90 que os Pearl Jam me despertaram a atenção. A banda surgiu em Portugal como penso que surgiu um pouco por toda a Europa: colada ao movimento músical "grunge" do qual os Nirvana se apresentavam como cabeças de cartaz.

Ouvi os Nirvana e logo gostei da sua sonoridade. Os Pearl Jam, confesso, vieram por arrasto. No entanto o gosto e o interesse pela música dos autores de TEN foram aumentando à medida de que os anos iam passando.
Os Pearl Jam, e partindo de uma perspectiva muito pessoal, transmitiram-me sentimento de pertença, sentimentos introspectivos e emoções apaixonadas.

O álbum em si é um conjunto de músicas que ficam no ouvido de quem as ouve. Músicas complexas e que funcionam como uma catarse mas ao mesmo tempo arranjadas, limpas e grandiosas.

Sinceramente já não me lembro bem se ouvi primeiro o álbum VS. ou o Ten. Seja como for, este é um álbum de fundação, que qualquer ouvinte de Peral Jam quando ouve, gosta.