domingo, 16 de dezembro de 2007

Eddie Vedder - "Into The Wild" 2007

Há já a algumas semana saiu o álbum a solo de Eddie Vedder. Tomei conhecimento deste facto quando, por entre um zapping na TV, me deparei com o clip de Hard Sun, uma música de grande ambiente e que tem um videoclip com imagens do filme Into The Wild. Juntos, as imagens e a música, fazem um par fabuloso. Acreditem.

Fiquei em pulgas para comprar este álbum. Assim como continuo em pulgas para ver o filme, que ainda não estreou e pior ainda, não tem data prevista de estreia em Portugal.

Para falar sobre o álbum é também necessário contextualizar um pouco o filme. A história é baseada em factos veridicos e passou-se nos Estados Unidos. É o relato na primeira pessoa de um jovem americano (Cristopher McCandless) que, acabada a faculdade com mérito e perspectivas, resolve rumar ao Alaska. Gostava de ver o filme primeiro, mas pelo trailer, (podem-no ver em: http://www.youtube.com/watch?v=UDorNilxPUY&feature=related) e pelo que percebi, para viver... into the wild, uma tentativa de encontrar o seu fundo através do retorno ao mais belo e primitivo que existe à face na Terra.

O disco de Eddie Vedder é a banda sonora do filme. O cantor e compositor canta e toca 11 músicas que se baseiam no formato acústico, a voz, a guitarra, o orgão e o ukelele (cavaquinho havaiano; penso que é assim que se escreve). O som produzido transmite a imagem de alguém sozinho, livre numa paisagem sem fim, a perder-se, a achar-se. Enfim, espero ver o filme muito em breve...

O álbum tem 4 músicas iniciais que surgem como uma preparação de viagem (setting forth), a energia, a invocação do melhor de si (Rise). Temos as noites de nostalgia e de firmeza (Long Nights), o misticismo (The Wolf), o desgosto e apelo à sociedade (Society, música de Jerry Hannan), e a pureza (Guaranteed). Existem ainda mais músicas que estas, oiçam e descubram por vocês mesmos.

É uma álbum simples, mas como se costumam dizer, as coisas simples por vezes são bonitas e têm muito siginificado.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

"The Piper at the Gates of Dawn" - 1967

Primeiro album dos Pink Floyd realizado em 1967 que teve como principal autor Syd Barret. Formação britânica no início composta por Syd Barret (líder) , Roger Waters, Richard wright e Nick Mason.
O álbum foi um sucesso imediato, pois os Floyd já eram sobejamente conhecidos pelos seus inúmeros concertos underground. Para quem esteja a iniciar a viagem ao mundo Floydiano não será por aqui que deve começar, pois o som revela alguma dureza para ouvidos habituados a melodias fáceis e músicas de construção simples. Cada faixa revela surpresas e muitos pontos de interesse, como por exemplo as letras, as partes instrumentais, os sons de fundo inesperados, os solos. A primeira faixa é um dos ícones do rock psicadélico "Astrnomy domine", que tem um início característico dos Floyd com vozes que fazem lembrar um qualquer posto de comando de uma missão espacial, estilo presente em toda a carreira. A faixa 7 "interstellar overdrive" é psicadelismo puro, música ideal para os devaneios do LSD que na altura era considerada a droga da moda. O que me fascina neste album é o estilo simples e despreocupado das canções de Barret, mas carregadas de segundas intenções como é o exemplo de "Bike" ou "Lucifer Sam". Para descobrir a faixa 5 "Pow R. Toc H." que revela muita das intenções e potencialidades dos Floyds. No passado mês de Agosto passaram 40 anos sobre a data de edição do álbum de estreia dos Pink Floyd . Esta data foi marcada por uma edição especial limitada apresentada numa embalagem de luxo desenhada por Storm Thorgerson, colaborador de há muitos anos dos Floyd, que junta numa caixa de cartão três CD?s e um livrete de 8 páginas que é uma reprodução de um dos livros de notas de Syd Barrett. Totalmente remasterizada esta edição limitada apresenta nos discos 1 e 2 o alinhamento original do álbum nas versões estéreo e mono. O CD3 contem exclusivamente bónus tracks; todos os singles desde 1967 (Arnold Layne, See Emily Play, Apples And Oranges, Candy And A Current Bun, Paintbox), um excluvivo edit? de Interstellar Overdrive, até agora apenas disponibilizado num EP editado em França e uma versão estéreo de Apples And Oranges até agora nunca oficialmente editada.

Ten - 1991

Foi já em meados dos anos 90 que os Pearl Jam me despertaram a atenção. A banda surgiu em Portugal como penso que surgiu um pouco por toda a Europa: colada ao movimento músical "grunge" do qual os Nirvana se apresentavam como cabeças de cartaz.

Ouvi os Nirvana e logo gostei da sua sonoridade. Os Pearl Jam, confesso, vieram por arrasto. No entanto o gosto e o interesse pela música dos autores de TEN foram aumentando à medida de que os anos iam passando.
Os Pearl Jam, e partindo de uma perspectiva muito pessoal, transmitiram-me sentimento de pertença, sentimentos introspectivos e emoções apaixonadas.

O álbum em si é um conjunto de músicas que ficam no ouvido de quem as ouve. Músicas complexas e que funcionam como uma catarse mas ao mesmo tempo arranjadas, limpas e grandiosas.

Sinceramente já não me lembro bem se ouvi primeiro o álbum VS. ou o Ten. Seja como for, este é um álbum de fundação, que qualquer ouvinte de Peral Jam quando ouve, gosta.